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Cinema Latino

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Alfredo Landa



Alfredo Landa Areta nasceu em Pamplona, Navarra (Espanha), no dia 3 de março de 1933. Filho de um capitão da Guarda Civil, passou sua primeira infância no povoado de Arive. Aos seis anos mudou com sua família para Figueras, onde foi aluno do Instituto Ramón Muntaner.  Aos 12 anos se mudou para San Sebastián, onde anos mais tarde iniciaria seus estudos de Direito; e foi precisamente na Universidade onde teve sua primeira experiência teatral, representando mais de quarenta obras na Fundação do Teatro Espanhol Universitário. Casou-se com Maite Imaz Aramendi, com quem teve três filhos Ainhoa, Idoia e Alfredo.


Se mudou em 1958 para Madrid onde começou a trabalhar no teatro: El cenador (1960), de Alec Coppel, con Julia Gutiérrez Caba; Los caciques (1962), de Carlos Arniches; El alma se serena (1968), de Juan José Alonso Millán. Sua primeira relação com o cinema aconteceu como ator de dublagem. Em 1962 estreou profissionalmente no cinema, pelas mãos de José María Forqué, no famoso filme Atraco a las tres. O própio Alfredo Landa explicou em alguma ocasião que Forqué o citou na Casa de Campo de Madrid e lhe disse: "senta e faz cara de susto, depois vai para casa". Depois desta desastrosa experiência o ator já não queria fazer cinema.

Em quarenta e cinco anos de profissão realizou 133 filmes. Sua trajetória pode ser dividida em três etapas fundamentais. Na primeira etapa alterna papéis cômicos com trabalhos teatrais. Durante esse período participa em mais de quarenta filmes, entre as que se destacam Nobleza baturra, de Juan de Orduña, e Ninette y un señor de Murcia, de Fernando Fernán Gómez.

Landismo

A segunda etapa compreende trinta e cinco filmes do que se passou a chamar "Landismo", que se inicia em 1970 com No desearás al vecino del quinto, de Ramón "Tito" Fernández, em que interpreta ao personagem conhecido como macho ibérico: um tipo de espanhol machista, fanfarrão no terreno sexual e reprimido. Estes filmes foram dirigidos na sua maioria por diretores como Mariano Ozores, Pedro Lazaga, Tito Fernández e Luis M. Delgado.
A terceira etapa se inicia em 1977 com El puente, de Juan Antonio Bardem, e é, sem dúvida, a mais interessante dentro de sua trajetória, ao menos no terreno artístico. Colaborará com os principais diretores espanhóis: Luis García Berlanga (La vaquilla), Mario Camus (Los santos inocentes), Basilio Martín Patino (Los paraísos perdidos), José Luis Garci (Las verdes praderas, El crack, El crack II), José Luis Borau (Tata mía), José Luis Cuerda (El bosque animado), Antonio Mercero (La próxima estación) e Manuel Gutiérrez Aragón (El rey del río).
Em 1984 compartilha com Francisco Rabal o prêmio de interpretação masculina no Festival de Cinema de Cannes por seus respectivos papéis em Los santos inocentes. Candidato em sete ocasiões ao Prêmio Goya, resulta premiado em 1987 e 1992. Em 2003 recebeu uma homenagem na Mostra de Valência. Em março de 2007, no Festival de Cinema Espanhol de Málaga, anuncia sua retirada profissional aos 74 anos de idade. No mundial de 2010, o lema "¡Cuidado Holanda, que viene Alfredo Landa!" dá testemunho do marcado caráter espanhol que recolhe o personagem de espanhol meio bem representado no landismo.



Televisão:

Também teve importantes sucesos na TV graças a sua participação em séries como Confidencias (1963-1965), Tiempo y hora (1966-1967) - ambas de Jaime de Armiñán -, Ninette y un señor de Murcia (1984), de Gustavo Pérez Puig, Tristeza de amor (1986), El Quijote de Miguel de Cervantes (1991), de Manuel Gutiérrez Aragón, Lleno, por favor (1993), de Vicente Escrivá, Por fin solos (1995), En plena forma (1997) e também na série de Telecinco Los Serrano como irmão de Antonio Resines e Jesús Bonilla (2004).
Ganhou em 2007 na Academia das Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha o Goya de Honra pelo conjunto de sua carreira.
No ano 2008 lhe foi concedido o Prêmio Príncipe de Viana, o principal prêmio cultural que se concede em Navarra, por toda sua trajetória profissional. Esse mesmo ano publica suas memórias ("Alfredo el Grande. Vida de un cómico"). Nelas não deixa muito bem parados a alguns antigos companheiros de profissão.
Em 2011 recebeu uma Estrela na Calçada da Fama de Madrid. Faleceu no dia 9 de maio de 2013 em Madrid.

Links: Wikipédia em espanhol

El País

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