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Cinema Latino

domingo, 28 de outubro de 2012

Um tango como trilha sonora


Não. Você não está vendo nenhum filme de Carlos Gardel do ano de mil novecentos e bolinha. Mas assistindo a uma Lovestory de dar inveja a qualquer casal hetero. O filme argentino "Plata Quemada" (2000) mostra uma história baseada em um romance escrito pelo competente e genial escritor argentino, Ricardo Piglia, cuja história tem como base um fato que realmente aconteceu nos anos 40: o roubo de um carro forte recheado de dinheiro. Aliás um dos mais ousados assaltos da história da Argentina. Bem... a história é basicamente esta: Ladrões assaltam, matam quem está tentando transportar com segurança o dinheiro, fogem, ficam encurralados pela polícia e o final nem preciso dizer não é? Mas o forte do filme está mesmo na abordagem psicológica dessas personagens e no sentimento que os mantém unidos até o final: o amor.  Pelo menos para estes personagens: Angel (Eduardo Noriega) e Nene (Leonardo Sbaraglia) que não podem, nem conseguem manter-se afastados um do outro. A cena inicial de como ambos se conheceram é embalada por um tango, o mesmo que aparece instrumental no início do filme apresentando créditos do elenco. A proporção que o espectador passa a conhecer os protagonistas e visualizar a cena em que aparecem juntos, o tango ganha uma expressão vocal, passional e arrebatadora na voz da cantora argentina, Adriana Varela.

Angel (Eduardo Noriega) e Nene (Leonardo Sbaraglia), almas gêmeas

Esse tango se chama "Vida mía", gravado em 1933, cuja música é de autoria de Oswaldo Fresedo e letra de Emílio Fresedo. Infelizmente não consegui achar no Youtube o momento preciso em que a canção aparece no filme. Mas deixo a música na voz da competente Adriana Varela para que escutem. Com vocês, a letra e mais abaixo, a  música:


Vida mía
(Osvaldo Fresedo/ Emilio Fresedo)

Siempre igual es el camino
que ilumina y dora el sol...
Si parece que el destino
más lo alarga
para mi dolor.

Y este verde suelo,
donde crece el cardo,
lejos toca el cielo
cerca de mi amor...
Y de cuando en cuando un nido
para que lo envidie yo.

Vida mía, lejos más te quiero.
Vida mía, piensa en mi regreso,
Sé que el oro
no tendrá tus besos
Y es por eso que te quiero más.
Vida mía,
hasta apuro el aliento
acercando el momento
de acariciar felicidad.
Sos mi vida
y quisiera llevarte
a mi lado prendida
y así ahogar mi soledad.

Ya parece que la huella
va perdiendo su color
y saliendo las estrellas
dan al cielo
todo su esplendor.
Y de poco a poco
luces que titilan
dan severo tono
mientras huye el sol.
De esas luces que yo veo
ella una la encendió.


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