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Cinema Latino

domingo, 13 de novembro de 2011

"A pele que habito", Espanha, 2011

Ficha Técnica:
Diretor: Pedro Almodóvar

Produção: Agustín Almodóvar, Pedro Almodóvar
Roteiro: Pedro Almodóvar, baseado no livro de Thierry Jonquet
Fotografia: José Luis Alcaine
Trilha Sonora: Alberto Iglesias
Duração: 133 min.
Ano: 2011
País: Espanha
Gênero: Suspense
Cor: Colorido
Distribuidora: Paris Filmes
Estúdio: Buena Vista International / Canal + España / El Deseo S.A. / FilmNation Entertainment / Televisión Española (TVE) / World Cinema Fund
Classificação: 16 anos

 Sinopse: Robert Ledgard (Antonio Bandeiras) é um cirurgião plástico que, após a morte da sua mulher, se interessa pela criação de uma pele com a qual poderia tê-la salvo. Doze anos depois, ele consegue cultivar esta pele em laboratório, aproveitando os avanços da ciência e atravessando campos proibidos como os da transgênese com seres humanos. No entanto, este não será o único delito que o cirurgião irá cometer.

Elenco: 
Antonio Banderas (Robert Ledgard)
Elena Anaya (Vera)
Marisa Paredes (Marilia)
Jan Cornet (Vicente)
Roberto Álamo (Zeca)
Blanca Suárez (Norma)
Eduard Fernández (Fulgencio)
José Luis Gómez
Bárbara Lennie
Susi Sánchez
Meu comentário: Eu não quero aqui tecer uma crítica especializada, porque em primeiro lugar não sou crítica de cinema. Por isso, desculpem o algo simples que tenho por dizer. Estou apenas no meu papel de espectadora e admiradora do trabalho de Almodóvar. E muita gente falou mesmo sério a respeito do bom nível do filme. Sem dúvida é uma história forte, mórbida e assustadora. Completamente comprensível ao público quanto a ação: da sequencia inicial, aos flashbacks e desenvolvimento e cena final. Devo dizer que a trilha sonora é um encanto. A personagem de Banderas é um médico atormendado pelas mortes da mulher e da filha, a parte isso, é alguém de grandes conhecimentos científicos que transgride fortemente a ética médica. Ele mantém em sua casa, uma mulher que é sua cobaia, Vera (Elena Anaya) é nela que ele testa um novo tipo de pele resistente a quase tudo. No início ficamos imaginando que ela é uma mulher apenas que lhe serve de testes científicos, é sim, mas é justamente nesta misteriosa mulher, que se oculta uma das mais bizarras experiências.

Robert (Banderas) mantém El Cigarral, a mansão onde vive, também como clínica, mas se vê impedido de usá-la para tal fim. A história gira em torno da vingança. Na verdade, Robert arranja uma maneira nada clássica de vingar-se do rapaz que estuprou Norma, a sua filha em uma festa. Claro, sem contar seu gênio louco, que recria o amor da sua vida, a partir de alguém que já deixara de existir, Vicente (Jan Cornet). Destaco aqui as excelentes atuações de Elena Anaya (Vera), que não fez ninguém ter saudades de Penélope Cruz, apesar dela ser uma das mais competentes atrizes da atualidade. Mas até que elas se parecem. Almodóvar fez um filme ao seu estilo, revivendo aqui e a acolá duas ou três partes em que se faz alguma conexão com alguns de seus filmes famosos, como Kika, 1993 (cena em que Zeca amordaça a mãe para ir ao quarto onde está Vera e em seguida, violentá-la). A cantora Buika cantando em uma festa, faz lembrar a participação de Caetano Veloso em Fale com ela (2002). Bem, só assistindo para fazer as famosas garimpagens almodovarianas. As cores também siguem firmes e fortes em sua obra, em especial o vermelho, destacando principalmente as cenas de tensão, violência e assassinato. Uma outra caraterística marcante sua é a de paixões completamente fora da normalidade, a do amor louco. Neste caso, o do médico vivido por Banderas que devido a circunstâncias trágicas é um misto de revolta, ódio, loucura e paixão. Claro, é uma história diferente também e com um excelente roteiro, Alberto Iglesias assinando mais uma vez uma competente trilha sonora. Almodóvar se inspira no romance "Tarântula" de Thierry Jonquet, para contar uma história bem a seu jeito e com algo mais. Excelente filme. Recomendo.

Curiosidades:

- Baseado no livro Mygale, de Thierry Jonquet.

Prêmios:
- Indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2011.

Um comentário:

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