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Cinema Latino

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sobre "Qualquer gato vira-lata"



Cleo Pires e Malvino Salvador estrelam a comédia 'Qualquer Gato Vira-Lata'
02/06/2011 17h55 -  Carla Navarrete, da Redação Yahoo! Brasil
Com o cinema brasileiro produzindo de vento em popa, cada vez mais roteiros baseados em peças de teatro começam a ganhar a telona. O caso mais recente é a comédia “Qualquer Gato Vira-Lata”, que estreia nesta sexta-feira (3) nos cinemas de todo o país. Com direção de Tomás Portella, o filme é baseado na peça de sucesso de Juca de Oliveira, que ficou mais de uma década em cartaz e foi vista por mais de 1 milhão de pessoas.

Veja o trailer do filme

Em alta, Cleo Pires ficou com o papel que pertenceu a Rita Guedes no teatro, como a jovem Tati, uma típica mulher independente, bonita e bem-sucedida, mas que fica à beira de um ataque de nervos quando o assunto é o namorado Marcelo (Dudu Azevedo), um playboy boa vida que está mais interessado em pegar todo mundo.

Ao levar um fora do garotão, Tati vai parar em uma aula do tímido professor Conrado (Malvino Salvador), que defende uma tese que se não fosse baseada na teoria darwinista de evolução poderia soar para lá de machista. Segundo o biológo, os machos são mulherengos porque seu lado animal os impele a espalhar sua semente por aí. E para conquistar seu homem, a fêmea deve ser fazer de difícil.

Como se tal teoria nunca tivesse sido ouvida antes, Tati procura Conrado e se oferece para ser a cobaia que provará a veracidade da tese. Assim, o professor começa a ensinar táticas para que ela reconquiste Marcelo. Mas como em toda comédia romântica, bem se sabe que o casal que terminará junto no final será outro.

Cleo Pires até se sai bem fazendo comédia, e Dudu Azevedo não precisa de muito mais que sua beleza para encarnar Marcelo. Já Malvino Salvador convence pouco no papel de Conrado – também, com um rosto daqueles, é difícil passar por inseguro disfarçando apenas com óculos.

Após trabalhar com diretores experientes como Fernando Meirelles e Guel Arraes, Tomás Portella se aventura sozinho pela primeira vez, mas seu filme cai no mesmo problema que acomete muitas adaptações no Brasil. A transposição dos palcos para as telas não soa natural como poderia, e por vezes a história pula de uma cena para outra sem fazer muito sentido para o espectador. Pior, a peça que virou filme acaba ficando mais parecida com um programa de TV.

Além disso, a trama de “Qualquer Gato Vira-Lata” soa um pouco datada em 2011, afinal, o tema já foi explorado à exaustão em séries como “Sex and the City”. Tivesse se tornado um filme anos antes, teria feito mais sentido.

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Fonte: Yahoo Cinema

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